Garrafa 285 – Reflexões sobre a vida e a morte   3 comments

Desde o Natal de 2011, nossa família convive com uma situação extremamente dolorosa que é a de ter uma pessoa querida internada em um hospital, entrando e saindo do CTI a cada semana e vendo, em nossas visitas quase diárias, que suas forças e capacidade de comunicação diminuem a cada instante. Apesar de nossa incapacidade para mudar o que está acima de nossa compreensão e de nossas forças, insistimos em permanecer ao seu lado e ao lado dos seus familiares mais próximos.

Meu interesse pela leitura acabou me conduzindo ao trabalho da psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004) resumido em seu ultimo livro “A Roda da Vida – Memórias do Viver e do Morrer” publicado pela Editora Sextante.

Sua leitura tem sido fonte de inspiração e “insights” e transcrevo abaixo uma de suas mensagens principais:

Cada vez que entrava com um paciente e depois o levava embora, a vida dele lembrava-me “uma das milhões de luzes no vasto firmamento que cintilam por um breve instante e em seguida desaparecem na noite infinita”. As lições que cada uma daquelas pessoas nos ensinava traziam todas, no fundo, a mesma mensagem:

Viva de tal modo que, ao olhar para trás, não se arrependa de ter desperdiçado sua vida.
Viva de tal modo que não se arrependa do que fez ou não deseje ter agido de outra forma.
Viva uma vida digna e plena.
Viva.

Elisabeth Kübler-Ross
Fotos de autores desconhecidos
Instruções de utilização: Ouvir “Life is a long song” na voz de Ian Anderson (Jethro Tull)

   

 

3 Respostas para “Garrafa 285 – Reflexões sobre a vida e a morte

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  1. Querido amigo, comovente sua garrafa… E quanto o compreendo, que já passei por situação semelhante. Não permita que a impotência o afaste completamente do nosso convívio. Sente-se sua falta. E agradeço a delicadeza deste post! Força e coragem, Lota

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  2. Life is a long song – Ian Anderson e Jethro Tull

    When you’re falling awake and you take stock of the new day,
    And you hear your voice croak as you choke on what you need to say,
    Well, don’t you fret, don’t you fear,
    I will give you good cheer.

    Life’s a long song.
    Life’s a long song.
    Life’s a long song.

    If you wait then your plate I will fill.
    As the verses unfold and your soul suffers the long day,
    And the twelve o’clock gloom spins the room,
    You struggle on your way.
    Well, don’t you sigh, don’t you cry,
    Lick the dust from your eye.

    Life’s a long song.
    Life’s a long song.
    Life’s a long song.

    We will meet in the sweet light of dawn.

    As the Baker Street train spills your pain all over your new dress,
    And the symphony sounds underground put you under duress,
    Well don’t you squeal as the heel grinds you under the wheel.

    Life’s a long song.
    Life’s a long song.
    Life’s a long song.

    But the tune ends too soon for us all.

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